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Brasil e Estados Unidos estabelecem novas prioridades no combate ao racismo

postado em 21/05/2010 18:51
Brasil e Estados Unidos estabeleceram novas prioridades de parceria na área de combate ao racismo e promoção da igualdade racial. Em reunião finalizada nesta sexta-feira (21/5), representantes de governos, sociedade civil e empresas destacaram como prioridade parcerias em saúde, educação, esportes e segurança pública. O desafio agora é tornar mais efetivo o Plano de Ação Conjunta entre Brasil e Estados Unidos para Eliminação da Discriminação Étnico-racial e Promoção da Igualdade, assinado em 2008.

;Nossos governos vão guiar este processo, mas a maior parte da energia e do vigor para colocar esse plano em prática virá da sociedade civil e do setor privado;, destacou o secretário-assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Arturo Valenzuela. Além do movimento social negro dos dois países, já se comprometeram com o plano de ação empresas como a Coca-Cola, Motorola e American Express.

;Sob o ponto de vista do Departamento de Estado dos Estados Unidos, esse é um evento com importância sem precedentes. Estamos fazendo uma diplomacia diferente. Uma diplomacia de inclusão social e combate ao racismo. Avançamos ao eleger um presidente negro, mas ainda temos muitas questões a resolver. O intercâmbio de experiência pode ajudar tanto o Brasil, quanto os EUA.;

Para o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir), Eloi Ferreira, o encontro em Atlanta foi vitorioso e revelou o interesse dos norte-americanos em iniciativas desenvolvidas no Brasil. Entre elas, os estudos sobre anemia falciforme, doença prevalente na população negra, mas ainda pouco pesquisada nos EUA.

;Faremos um encontro da área de saúde em setembro para a troca de experiências entre pesquisadores e profissionais de saúde;, conta Eloi. ;Também vamos seguir no intercâmbio sobre segurança pública, principalmente para aprimorar os currículos das academias policiais, que nos Estados Unidos já estão mais avançadas nesse sentido.;

Empresários negros norte-americanos que participaram do encontro revelaram interesse em atuar no Brasil, em parceria com empresários afrobrasileiros, durante a Copa e as Olimpíadas. O legado dos Jogos Olímpicos para a população negra de Atlanta, no entanto, foi criticado pelos representantes da delegação brasileira.

;Não houve inclusão social nos projetos desenvolvidos pelas empresas;, considera a empresária paulista Adriana Barbosa, do projeto Feira Preta, que participou do encontro sobre o Plano de Ação Brasil-EUA. ;Temos muito a aprender sobre empreendedorismo jovem, mas também temos muito a ensinar sobre economia solidária.;

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