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Ahmadinejad apela para que a Rússia reconheça acordo sobre troca de urânio

postado em 24/05/2010 10:45
Brasília ; O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, apelou neste domingo (23/5) às autoridades da Rússia para que sejam ;mais cautelosas; em relação à análise sobre o programa nuclear iraniano e o acordo que prevê a troca de urânio. Ahmadinejad lembrou a relação antiga e pacífica que une a Rússia e o Irã. Mas o presidente evitou citar o fato de os russos terem apoiado o esboço de resolução em defesa das sanções econômicas apresentado pelos norte-americanos no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

As informações são da agência iraniana oficial de notícias, a Irna. Ahmadinejad classificou a Rússia de um país "grande e honesto". ;Se eu fosse um oficial russo, eu seria mais cauteloso sobre o que eu digo e como eu ajo sobre esse vizinho grande e honesto;, disse. ;O Irã nunca agiu contra o povo da Rússia;, ressaltou.

O apelo de Ahmadinejad ocorre uma semana depois de os Estados Unidos terem obtido, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o apoio da Rússia, França, Inglaterra e China em favor do esboço de resolução que define pelas sanções contra o Irã. Para os norte-americanos, o programa nuclear iraniano esconde a produção de uma bomba atômica.

Na última segunda-feira (17/5), Ahmadinejad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Turquia, Tayyiq Erdogan, fecharam os termos do acordo sobre a troca do urânio iraniano.

[SAIBAMAIS]Pelo acordo, o governo Ahmadinejad enviará 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido a 3,5% para a Turquia. O material deverá ser enriquecido sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), dos turcos e iranianos. Em troca, no prazo de até um ano, o Irã receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%.

"A Declaração de Teerã foi transparente e é uma nova chance para a cooperação internacional e interação construtiva", disse o presidente. "Esperamos que os nossos países vizinhos e amigáveis apoiem firmemente a declaração e permitam que não ocorram desculpas para evitar sua execução", acrescentou.

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