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Chanceler argentino acusa Inglaterra de colonialismo por insistir na posse das Ilhas Malvinas

postado em 26/05/2010 16:44
O ministro dos Negócios Estrangeiros e chanceler argentino, Jorge Taiana, acusou nesta quarta-feira (26/5) a Inglaterra de assumir uma posição "anti-histórica e colonial" em relação às Ilhas Malvinas. Desde o século 19, Argentina e Inglaterra disputam o domínio das ilhas, chamadas pelos ingleses de Falklands. Nos últimos meses, a relação entre os dois países voltou a ficar tensa, desde que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, proibiu, na área em torno do arquipélago, a exploração de riquezas naturais por empresas estrangeiras e a circulação de navios sem autorização prévia.

As informações são da Telan, a agência argentina de informações. Em junho, o impasse será novamente discutido em reuniões na Organização das Nações Unidas (ONU). Em fevereiro, Taiana se reuniu com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para este ajudasse no diálogo com a Inglaterra. Ban Ki-moon prometeu tomar providências..

Depois da guerra de 1982, quando tropas inglesas retomaram dos argentinos o controle das ilhas, os dois países têm mantido alguns processos de exploração conjunta dos recursos naturais da região. Recentemente, Kirchner ganhou apoio dos países latino-americanos em relação à soberania das ilhas.

Segundo Taiana, a Argentina continuará a "cuidar do patrimônio [do país]" e dos "recursos não-renováveis". Ele chamou de ;castigo; a iniciativa inglesa de manter o domínio sobre as ilhas. ;Os ingleses persistem em uma atitude que é claramente errada e de alguma forma anti-histórica que é insistir em manter uma posição colonial;, afirmou.

O chanceler disse que os conservadores, em geral, assumem uma posição de ;recusa ao diálogo; no que se refere à soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas. No entanto, Taiana disse não se surpreender com essa posição. ;Nós sabemos que temos razão e que a maneira de levar este conflito é por meio das Nações Unidas. A Inglaterra também tem a obrigação de respeitar o direito internacional e as resoluções da ONU;, afirmou o ministro.

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