postado em 27/05/2010 17:03
Rio de Janeiro ; O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o sul-coreano Ban Ki-moon, disse nesta quinta-feira (27/5), em entrevista no Rio, não acreditar que a troca de acusações entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul acabe em um conflito armado. Ele disse que o Conselho de Segurança da ONU está trabalhando para uma solução negociada entre as Coreias.O secretário-geral informou que as investigações demonstraram que a causa das tensões foi a agressão a um submarino sul-coreano que resultou na morte de 43 militares e que, por isto, solicitou a adoção de sanções ao Conselho de Segurança da ONU. ;Mas também pedi ao Conselho de Segurança que mantivesse a paz. E, sinceramente, espero que isso aconteça;.
Sobre as sanções, ele esclareceu que as solicitou por causa da gravidade da situação, mas não recomendou quais medidas deveriam ser adotadas. ;Não recomendei o tipo de sanção que deve ser imposta. Agora, é preciso que o Conselho de Segurança tome medidas em relação à questão que sejam objetivas, justas e responsáveis. Mas, repito, não disse quais medidas deverão ser tomadas, o que caberá ao órgão de Segurança Internacional;.
Sobre a reforma da ONU, Ki-moon disse que defende a necessidade de uma ;séria; reformulação, mas evitou se posicionar sobre o desejo do Brasil de obter um assento permanente no conselho. ;Essas são aspirações dos Estados-Membros. Acho que existe um consenso entre os Estados-Membros dessa necessidade de mudança, até para fazer frente aos avanços obtidos no cenário internacional;.
[SAIBAMAIS]Ele também comentou os esforços do Brasil para cumprir as Metas do Milênio. ;Há avanços no país no combate à fome e a miséria e em direção a obtenção dos compromissos com as Metas do Milênio. Programas como o Bolsa Família, o Fome Zero merecem os parabéns e sinalizam o compromisso do presidente com o combate à fome no mundo. Hoje, o Brasil não é só um líder no plano regional, mas também um líder mundial e isso tem sido muito bem recebido internacionalmente;.
Ki-moon está no Rio participando do fórum da Aliança de Civilizações das Nações Unidas, que ocorre até este sábado. No final da tarde, ele prestará uma homenagem aos militares brasileiros que faziam parte da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) que morreram em consequência do terremoto que atingiu o país em 12 de janeiro.