postado em 01/06/2010 09:26
Depois de ter sido amplamente criticado por declarações feitas durante uma visita ao Afeganistão, o presidente alemão, Horst K;hler, deixou ontem ao cargo, para o qual tinha sido reeleito havia exatamente um ano. Ao anunciar a renúncia, K;hler sugeriu que a situação gerada pela ;má interpretação; de uma frase teria sido o motivo principal da decisão. ;Lamento que meus comentários possam levar à incompreensão em uma questão importante e difícil para nossa nação;, afirmou, ao lado da mulher.A decisão de K;hler complica ainda mais a situação política da chanceler (chefe de governo) Angela Merkel, correligionária do ex-presidente na União Democrata Cristã (CDU). Ela tem 30 dias para indicar um candidato presidencial à Assembleia Federal. ;Tentei fazer o presidente mudar de ideia, mas, infelizmente, não tive sucesso;, afirmou Merkel aos jornalistas. ;Ele foi um importante consultor, particularmente durante a crise financeira e econômica. Vou sentir falta de seus conselhos;, completou.
Na Alemanha, o cargo de presidente é simbólico. K;hler, 67 anos, foi eleito pela primeira vez em 2004. Seu mandato terminaria em 2014. Ele foi substituído ontem mesmo, de forma interina, pelo presidente do Bundesrat (Conselho Federal), Jens B;hrnsen, da oposição social-democrata.
Ao visitar as tropas alemãs no Afeganistão, no último dia 22, o então presidente afirmou que um país precisa defender seus interesses econômicos ao atuar no plano externo. K;hler, no entanto, esclareceu depois que não se referia à atuação militar alemã no país, mas à luta contra a pirataria no litoral da Somália.