Agência France-Presse
postado em 02/06/2010 18:53
O Partido Liberal colombiano, opositor ao governo de Alvaro Uribe, rejeitou esta quarta-feira acordos burocráticos tanto com o candidato da situação, Juan Manuel Santos, quanto com o independente Antanas Mockus com vistas às eleições de 20 de junho, afirmou o ex-candidato Rafael Pardo."Como partido não faremos acordos eleitorais, nem com Santos, nem com Mockus", assegurou Pardo após reunir-se com o candidato da situação.
"O Partido Liberal faz oposição há oito anos ao governo Uribe, razão pela qual não é coerente que agora apóie um candidato cujo compromisso é o da continuidade de todas as suas políticas", acrescentou.
No entanto, o dirigente liberal (social-democrata) lembrou que após o resultado das eleições - que deu a Santos 46,6% e a Mockus, 21,5% - ele deu liberdade a seu partido para votar livremente.
Por sua vez, Santos - do Partido Social da Unidade Nacional (;La U;, direita) e ex-ministro da Defesa -, disse que na reunião com Pardo "não se falou de participação burocrática, mas de ideias e programas".
"Há programas e propostas do Partido Liberal que são interessantes e isto é o que vamos discutir", disse Santos ao comemorar que um elevado número de congressistas liberais se manifestaram a favor de sua candidatura.
Pardo "recebeu com bons olhos o convite que fizemos para construir um governo de unidade nacional. Para tal, o Instituto de Pensamento Liberal e nossa equipe programática se reunirão para encontrar as bases para que o Partido Liberal possa fazer parte do meu governo", enfatizou.
O dirigente liberal também tem previsto reunir-se com Mockus, que esta quarta-feira antecipava conversações com o esquerdista Pólo Democrático.
Santos havia adiantado no domingo à noite, após a divulgação dos resultados eleitorais, que tentará criar um governo "de unidade nacional" se vencer no segundo turno. Na terça-feira, recebeu o apoio do Partido Conservador, cuja candidata, a chanceler Noemí Sanín, sofreu uma dura derrota.
O ganhador destas eleições substituirá, a partir de 7 de agosto, o presidente Alvaro Uribe, no poder desde 2002