Agência France-Presse
postado em 03/06/2010 10:55
O diretor geral da BP admitiu que a companhia de petróleo britânica, que há um mês e meio luta contra a maré negra provocada pela explosão de uma de suas plataformas no Golfo do México, não estava preparada para um problema como este em alto mar."Não há dúvida de que não possuíamos os instrumentos de que precisávamos em nossa caixa de ferramentas", disse o diretor geral da British Petroleum (BP), Tony Hayward, em declarações divulgadas nesta quinta-feira pelo Financial Times.
Embora tenha considerado que a BP teve "muito êxito" ao impedir que a maré negra se aproximasse do litoral, ele aceitou que "é uma crítica totalmente justa" dizer que a empresa não estava totalmente preparada para um vazamento como este em águas profundas.
Hayward ressaltou que depois da catástrofe provocada pelo petroleiro "Exxon Valdez" em 1989, as empresas do setor haviam criado um organismo de resposta apropriada à contaminação na superfície, a Marine Spill Response Corporation (MSRC). "O problema consistirá em se dotar da mesma capacidade de resposta em águas profundas", explicou.
A luta contra o vazamento custou até o momento aproximadamente 1 bilhão de dólares à BP, mas alguns analistas estimam que o custo total para a companhia poderá chegar a 20 bilhões de dólares.