postado em 04/06/2010 09:29
Depois de ter contaminado um terço das águas do Golfo do México com a imensa mancha de óleo que se aproxima da Flórida, a petrolífera britânica BP Deepwater Horizon afirmou ontem que conseguiu avançar na tentativa de conter o vazamento. A técnica usada foi jogar no mar 4 milhões de litros de um dispersante químico controverso, pois, de acordo com especialistas, pode afetar a vida marinha. O anúncio da companhia não convenceu as agências de classificação de risco Fitch e Moody;s, que rebaixaram a BP, devido aos possíveis problemas financeiros futuros, decorrentes do vazamento.Hoje, o presidente americano, Barack Obama, vai visitar pela terceira vez a região afetada no pior vazamento de petróleo dos Estados Unidos, provocado pela explosão, em 20 de abril, de uma plataforma. Em uma curta nota à imprensa, a Casa Branca informou, ontem, sobre a viagem do presidente. ;Na sexta-feira, 4 de junho, o presidente Barack Obama irá de novo à costa do Golfo em Louisiana para avaliar os recentes esforços da luta contra a contaminação (gerada pela plataforma) da BP Deepwater Horizon;, afirmou o comunicado, sem dar mais detalhes.
Avanço
Com o vazamento, um terço das águas do Golfo do México estão interditadas à pesca. Há seis semanas, a BP tenta, sem sucesso, conter a imensa mancha de óleo que avança no mar. Nas últimas 24 horas, manchas de petróleo foram vistas por dezenas de quilômetros da Praia de Pensacola, importante ponto turístico da Flórida, e a previsão é de que o vazamento atinja a costa do estado, segundo a Agência de Proteção ao Meio Ambiente da Flórida. O governador do estado, Charlie Crist, declarou emergência na costa sobre o Golfo do México e em condados do sul, inclusive Miami, onde se teme que a corrente marítima possa impulsionar parte da mancha de óleo.
A BP afirmou que conseguiu cortar o cano pelo qual o óleo vaza, utilizando uma espécie de tesoura gigante. O próximo passo será tentar inserir um funil que sugue o petróleo, direcionando o óleo para as embarcações na superfície. Mas, em Londres, o próprio presidente da companhia reconheceu que empresa não estava preparada para um acidente como esse. ;Não há dúvida de que não possuímos os instrumentos dos quais necessitamos;, disse o principal executivo da BP, Tony Hayward.