Agência France-Presse
postado em 05/06/2010 09:43
Nicósia - O papa Bento XVI elogiou as "relações pessoais" para resolver "situações políticas delicadas", em declarações neste sábado no segundo dia de sua visita à dividida ilha de Chipre.
"As relações pessoais são, com frequência, o primeiro passo para a construção da confiança e - quando chega a hora - de sólidos laços de amizade entre as pessoas, entre os povos e entre as nações", disse o Papa diante do presidente cipriota, Demetris Christofias, de autoridades civis e do corpo diplomático, no jardim do palácio presidencial, em Nicósia.
"Nos países que conhecem situações políticas delicadas, tais reações pessoais, honestas e abertas, podem ser o prelúdio para um bem maior para sociedades e povos inteiros", acrescentou.
"Deixem que os anime a aproveitar as oportunidades que aparecerem, a título pessoal e institucional, para construir este tipo de relações e com isto favorecer o bem maior da concertação das nações", prosseguiu.
Em setembro de 2008, o presidente cipriota reativou as negociações para a reunificação da ilha, dividida há 35 anos, graças às boas relações com o ex-dirigente da República turca do Chipre do Norte (RTCN, reconhecida unicamente pela Turquia), Mehmet Ali Talat.
Mas as eleições, em abril, do conservador Dervis Eroglu para a chefia da RTCN comprometeu o sucesso destas conversações.
O Sumo Pontífice também afirmou que "a retidão moral e o respeito imparcial ao próximo e a seu bem-estar são indispensáveis para o bem-estar da sociedade" e "estabelecem um clima de confiança no qual os intercâmbios humanos, sejam religiosos, econômicos, sociais e culturais, civis e políticos, adquirem força e riqueza".