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ONU insiste em investigação internacional sobre o ataque de Israel

postado em 07/06/2010 18:05
A Organização das Nações Unidas (ONU) insistirá na abertura de investigações comandadas por representantes da comunidade internacional sobre o ataque israelense contra a frota de navios com 750 pessoas e ajuda humanitária destinada à população da Faixa de Gaza. O ataque provocou a morte de cinco ativistas. A ONU ainda não definiu como devem ser conduzidas as apurações da ação.

;Estamos fazendo todo o possível para eliminar as diferenças entre os turcos, israelenses e membros não permanentes e permanentes do Conselho de Segurança, para que se realize uma investigação confiável e imparcial", disse o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.

[SAIBAMAIS]Representantes do chamado Quarteto para a Paz no Médio Oriente ; formado pela ONU, União Europeia, Rússia e Estados Unidos ; reuniram-se nesta segunda-feira (7/6) por meio de teleconferência para discutir as medidas cabíveis. De acordo com o porta-voz, o esforço coletivo é para buscar alternativas que fortaleçam as negociações entre israelenses e palestinos.

Paralelamente, o governo de Israel informou que não aceita a abertura de um inquérito internacional para investigar o episódio. De acordo com as autoridades israelenses, as investigações devem ser conduzidas internamente. Em comunicado oficial, divulgado hoje (7), o Ministério da Defesa reiterou as suspeitas de que o grupo atacado não era de ativistas, mas sim de terroristas.

No ataque ocorrido na última segunda-feira (31), foram mortos Fátima Mahmadi, de origem iraniana, mas moradora dos Estados Unidos; Ken O;Keefe, que tinha nacionalidade norte-americana e inglesa; os turcos Hassan Iynasi e Hussein Urosh, além do marroquino Ahmad Umimon. Na madrugada de hoje a Marinha de Israel promoveu novo ataque desta vez a uma embarcação que reunia palestinos.

As reações dos israelenses provocaram críticas da comunidade internacional. Aliados históricos de Israel, como os Estados Unidos, informaram que vão elaborar medidas alternativas para ajudar a população que vive na Faixa de Gaza e sofre com o embargo econômico imposto pelas autoridades israelenses.

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