Agência France-Presse
postado em 08/06/2010 09:44
Israel vai criar uma comissão civil para investigar o violento ataque de seus militares contra uma frota humanitária internacional, mas seu mandato se limitará a examinar os aspectos jurídicos do bloqueio à Faixa de Gaza e da operação marítima, informou nesta terça-feira (8/6) o ministro sem pasta Benny Begin, membro do gabinete de segurança."Decidiu-se que a comissão que será criada examine duas questões: se o bloqueio marítimo é conforme ao direito internacional e se a operação que lançamenos contra a fota também foi conforme ao direito internacional", afirmou à rádio pública.
A comunidade internacional exige pelo menos um componente internacional na investigação sobre essa operação, que em 31 de maio custou a vida de nove membros da missão humanitária.
A decisão de princípio sobre o mandato da comissão foi adotada na segunda-feira durante uma reunião do foro dos sete principais ministros do governo de Benjamin Netanyahu, na qual Begin participou.
Esta comissão não terá mandato de interrogar os soldados e oficiais que participaram na operação contra a frota.
Segundo os meios de comunicação israelenses, muito céticos sobre a eficiência dessa iniciativa, a comissão será integrada por juristas e ex-altos diplomatas israelenses, com dois advogados estrangeiros como obsrvadores.
O exército iniciou sua própria investigação interna criando uma equipe de especialistas integrada por generais da reserva, que "examinará o desenvolvimento da operação e tirará as conclusões", que serão entregues no mais tardar em 4 de julho.