Agência France-Presse
postado em 08/06/2010 14:46
A morte de 13 soldados das forças internacionais em dois dias no Afeganistão deixa claro o desafio enfrentado pela Otan, que sofre para combater os talibãs num momento em que eles parecem estar em posição de força.Sete americanos, dois australianos e um francês morreram na segunda-feira (7/6) em combates e na explosão de bombas artesanais no sul e no leste do país, em um dos dias mais difíceis para os militares estrangeiros em dois anos.
Na terça-feira (8), outros dois soldados da Otan morreram vítimas da explosão de uma bomba no sul, e um britânico faleceu em combate na província de Helmand.
Nos últimos meses, de um a dois soldados das forças da Otan morrem em média a cada dia no país.
Este aumento não é uma surpresa. A Otan, começando com o comando americano, já o havia previsto.
Ao enviar cerca de 30 mil soldados americanos de reforço para alcançar o número de 150 mil soldados estrangeiros no Afeganistão no verão (boreal), os ocidentais esperavam um aumento automático das perdas.
No entanto, enquanto as forças da Otan se dotavam de veículos cada vez mais blindados, os insurgentes começaram a multiplicar o uso de bombas não detectáveis (feitas de madeira ou plástico) ao mesmo tempo em que aumentavam a potência dos aparatos explosivos.
Segundo um balanço da AFP feito com os números do site independente icasualties.org, 248 soldados das forças internacionais morreram no país desde 1 de janeiro de 2010, quase dois terços deles (154) de nacionalidade americana.