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Morte de bispo na Turquia desperta suspeita de ritual islâmico

Agência France-Presse
postado em 08/06/2010 17:30
O líder da Igreja Católica na Turquia, o bispo italiano Luigi Padovese, assassinado por seu motorista na semana passada, foi "degolado" no âmbito de "um sacrifício ritual" praticado por extremistas muçulmanos, afirmou nesta terça-feira (8/6) o diretor da Asianews, agência de notícias do Pontifício Instituto de Missões Estrangeiras.

Segundo Bernardo Cervellera, diretor da agência que se baseia em informações de missionários em declarações ao noticiário Sky TG24, o motorista Murat Altun, de 26 anos, gritou do telhado, após decapitar cruelmente o religioso: "Matei o grande Satanás, ;Alá Akbar;" (Deus é grande, em árabe).

Para a AsiaNews, o cruel assassinato do monsenhor Padovese, presidente da Conferência Episcopal Turca, atribuído inicialmente a um doente mental, teve, na verdade, motivação político-religiosa.

"Foi apunhalado dentro de sua residência, mas conseguiu sair de sua casa para pedir ajuda", contou a agência.

"Só quando caiu no chão, foi decapitado", destacou a AsiaNews, após obter detalhes do terrível crime. Segundo a agência, o motorista subiu ao telhado para reivindicar o assassinato, após cometê-lo.

Interrogado pela agência de informação religiosa I-media, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, não quis comentar as novas revelações.

Segundo a imprensa turca, o assassino havia recebido tratamento psiquiátrico dias antes em um hospital e após o crime confessou à polícia que havia tido "uma revelação divina".

As autoridades locais negam que se trate de um ato político e tanto o advogado quanto a mãe do assassino confirmaram que o motorista, que trabalhava há quatro anos para o bispo, sofria de problemas psicológicos.

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