Agência France-Presse
postado em 08/06/2010 18:48
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, assegurou nesta terça-feira (8/6), em Quito, que o acordo militar entre Washington e Bogotá respeita a "integridade territorial de todos os países da região", onde diversos governos questionaram o convênio."Os Estados Unidos têm ajudado, com orgulho, a Colômbia" a combater o narcotráfico e a guerrilha "mas respeitamos a integridade territorial de todos os países da região", disse a diplomata depois de se reunir com o presidente Rafael Correa.
Em 30 de outubro de 2009, Bogotá e Washington assinaram um acordo que permite a tropas americanas utilizar ao menos sete bases colombianas para lutar contra o narcotráfico e o terrorismo, o que derivou em duras críticas por parte do Equador, Venezuela e Bolívia.
Correa, que exerce a presidência temporária da União Sul-Americana das Nações (Unasul), afirmou que Hillary "reiterou que essas bases são colombianas, que o limite de soldados americanos está perfeitamente definido".
"Não temos por que ocultá-lo, é um tema que preocupa o Equador e eu diria que a maioria dos países da Unasul", afirmou o presidente em uma coletiva de imprensa junto a Hillary.
[SAIBAMAIS]O governante completou: "há razões para suspeitas, conversamos e decidimos que a melhor maneira de enfrentarmos juntos essa situação é conversando abertamente, continuando com o diálogo".
Hillary explicou que seu governo "proporcionou e continuará proporcionando informação em relação ao uso das bases que não são americanas, mas colombianas" e deixou aberta a possibilidade de a Casa Branca negociar acordos militares com outras nações da região.
"Buscaremos mais oportunidades para trabalhar com os demais amigos da região, porque queremos estar seguros de que as ameaças do narcotráfico e a presença das Farc não sejam uma ameaça para ninguém", disse.
Diante do pacto militar entre Washington e Bogotá, a Venezuela congelou suas relações diplomáticas com a Colômbia.