postado em 10/06/2010 16:14
Brasília ; O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou nesta quinta-feira (10/6) a decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de adotar mais sanções ao Irã. Inconformado com o que chamou de ;erro;, Erdogan afirmou que manterá os esforços diplomáticos para buscar uma alternativa que cesse a polêmica envolvendo o Irã e a maior parte da comunidade internacional. Erdogan e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foram os negociadores do acordo nuclear iraniano.;Estamos nos colocando de forma clara e ousada em relação aos problemas globais e às questões humanas, sem fazer discriminação racial, geográfica ou regional. Estamos fazendo enormes esforços para a paz, a estabilidade e a prosperidade nos Balcãs, no Cáucaso, no Médio Oriente ", disse o primeiro-ministro na 5 ; Reunião do Fórum de Países Árabes e Turquia, em Istambul.
[SAIBAMAIS]Nesta quarta-feira (9/6), apenas Turquia e Brasil votaram contra as sanções ao Irã, na sessão do Conselho de Segurança da ONU. O Líbano se absteve e 12 países, liderados pelos Estados Unidos, votaram favoravelmente às punições. Foi a quarta rodada de sanções ao Irã. As informações são da agência iraniana oficial de notícias, Irna.
Erdogan afirmou que, ao votar ;não; às sanções, a Turquia, como o Brasil, honrou os esforços em favor do acordo nuclear ; firmado no mês passado determinando a troca de 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido por 120 quilos do produto enriquecido a 20% submetido a tratamento na Turquia. ;Se não tivesse dito ;não; às sanções, teríamos negado a nós mesmos. Seria uma desonra. Nós não gostaríamos de participar de tal desonra porque a história não nos perdoaria;, afirmou Erdogan. "Temos argumentado desde o início que a questão deve ser resolvida por meio da diplomacia", acrescentou.
Segundo o primeiro-ministro, os demais 14 países que integram o Conselho de Segurança foram contactados pelo representante turco nas Nações Unidas e todos teriam reconhecido a importância do acordo nuclear, firmado no último dia 17, no Irã, com o apoio do Brasil e da Turquia.