Agência France-Presse
postado em 10/06/2010 21:36
O Papa Bento XVI defendeu na noite desta quinta-feira (10/6) o celibato dos padres, um ato de fé "que geralmente é considerado um escândalo em um mundo sem Deus", e que qualificou de "melhor antídoto" contra o pecado, em aparente referência aos escândalos de pedofilia."Em um mundo no qual Deus está ausente, o celibato é um grande escândalo (...) que deve desaparecer", declarou o Papa a cerca de 15 mil padres reunidos na Praça de São Pedro para uma vigília celebrando o fim do ano sacerdotal.
Bento XVI destacou que ser padre "não é um emprego, e sim uma doação total de si mesmo", e o celibato é "o melhor antídoto contra outros escândalos provocados por nossas insuficiências de mortais".
"Sabemos que há outros escândalos, secundários, que obscurecem o testemunho de fé dos sacerdotes. Oremos para que o Senhor nos livre destes escândalos", acrescentou Bento XVI, no momento em que a Igreja Católica é sacudida por denúncias de pedofilia.
[SAIBAMAIS]Estes escândalos levaram muitos, inclusive nas fileiras da Igreja, a questionar a obrigação do celibato para os sacerdotes católicos.
A crítica ao celibato sacerdotal "pode surpreender em um momento no qual não casar está cada vez mais em moda", disse o Papa, antes de afirmar que "um sim definitivo, para se entregar a Deus, é o mesmo sim definitivo do matrimônio, forma natural da união entre um homem e uma mulher, e fundamento da cultura cristã no mundo".
Se o casamento desaparecer, "desaparecerão as raízes da nossa cultura".