O presidente da Comissão de Reforma, o afegão Zahir Tanin, disse que há um documento com 30 propostas apresentadas por países e grupos de Estados-membros sobre eventuais mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo ele, esse material deverá servir de base para a retomada das discussões sobre a reforma do órgão. As informações são da agência oficial de notícias da China, a Xinhua.
"A representação justa está na base dessa reforma", disse Tanin. "Agora, estamos preparados para um acordo, mas não posso prever o resultado, o tempo ou a intenção dos Estados-membros. A solução só pode vir quando a negociação terminar;, disse ele, segundo a agência chinesa.
O assunto voltou ao centro das discussões depois que, na semana passada, o Conselho aprovou as sanções ao Irã com 12 votos favoráveis e apenas dois contrários ; Brasil e Turquia ; , além da abstenção do Líbano. A maioria dos membros do órgão argumentou que o programa nuclear do Irã representa uma ameaça à comunidade internacional pelo suposto risco de produção de armas atômicas.
Pelas negociações em curso, o Conselho de Segurança teria, entre os seus integrantes permanentes, dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África. Atualmente são integrantes permanentes do Conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra. Já o Brasil, a Turquia, Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e a Uganda são membros rotativos, cujo mandato é de até dois anos.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Miqdad, reiterou a necessidade de rever o formato do Conselho de Segurança das Nações Unidas durante reunião, em Damasco (na Síria), com o diretor do Departamento das Nações Unidas no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Michael Von Ungern-Sternberg.
Miqdad lembrou que uma das tarefas do Conselho é a resolução dos conflitos internacionais com responsabilidade sobre a situação humanitária e política.