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Nações Unidas criticam Venezuela por suposta pressão contra liberdade de expressão

postado em 17/06/2010 15:20
A Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou nesta quinta-feira (17/6) que os países-membros da entidade apelem para que as autoridades venezuelanas suspendam a execução dos mandados de prisão expedidos contra Guillermo Zuloaga, presidente do canal privado de televisão Globovisión, e do filho dele, Guillermo Zuloaga Siso. A emissora faz oposição ao governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Segundo autoridades venezuelanas, o empresário deve responder a uma série de irregularidades envolvendo uma agência de venda de automóveis que pertence à família de Zuloaga. Mas para o empresário, o objetivo da ação judicial é constranger e evitar a atuação da Globovisión.

O relator especial das Nações Unidas sobre a Liberdade de Expressão, Frank La Rue, ressaltou hoje (17) que o governo da Venezuela não pode impedir as atividades da rede Globovisión por meio da prisão do empresário. ;Governo algum no mundo tem o direito de impor o silêncio por meio de um processo penal aos que criticam ou se opõem ao Estado;, disse La Rue.

Segundo o especialista, os mandados de prisão contra Zuloaga refletem a ;contínua deterioração da liberdade de expressão; no país. ;Em 11 de junho, um promotor em Caracas emitiu um mandado destinado a Zuloaga e seu filho por causa de irregularidades. O temor é que essas ordens seriam politicamente motivadas com o único objetivo de silenciar o empregador, que tem sido alvo de críticas do presidente Hugo Chávez;, disse.

Na tentativa de escapar do processo judicial, Zuloaga teria deixado a Venezuela. A informação foi confirmada por funcionários que trabalham na Globovisión.

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