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Parlamento do Irã diz que europeus sofrem pressão dos norte-americanos para impor sanções ao país

postado em 17/06/2010 18:49
Brasília ; O porta-voz do Parlamento do Irã, Majlis Ali Larijani, reagiu nesta quinta-feira (17/6) à imposição de sanções extras pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Segundo ele, os norte-americanos estimulam os europeus para que tenham uma relação hostil com os iranianos. Larijani afirmou que essas ações provocam reações, sinalizando que o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deverá responder às novas restrições.

Larijani disse que os ;europeus devem ser vigilantes;, pois existiriam ;velhos truques; pregados pelos Estados Unidos. Em seguida, ele reiterou que nada vai impedir o Irã de desenvolver o programa nuclear próprio. ;Não é possível criar qualquer obstáculo ao programa nuclear nacional.;

Para os norte-americanos e aliados, o programa nuclear iraniano esconderia a produção de armas atômicas. Mas Ahmadinejad nega as acusações. Segundo o presidente iraniano, o programa tem fins pacíficos e é direcionado à produção médica e científica.

;Se os inimigos se atrevem a atirar pedras em nós, eles devem estar atentos que o solo do Irã vai entrar nos olhos deles;, disse Larijani, segundo a agência oficial de notícias do Irã, a Irna. ;Nos últimos dez anos, os Estados Unidos exortaram os europeus a adotar uma posição hostil em relação ao Irã.;

A União Europeia aprovou hoje mais sanções ao Irã. As medidas atingem a exportação de petróleo, as operações bancárias e as áreas de transportes, seguro e gás. A proposta com as sanções foi sugerida pela Alemanha e França. Ontem (16), os Estados Unidos aprovaram outra série de restrições aos iranianos, ampliando as já definidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Os europeus vão tentar a adesão do restante da comunidade internacional no final do mês, na reunião do G-20 ; grupo dos países mais ricos do mundo ;, no Canadá. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar das reuniões e é contra à imposição de sanções ao Irã.

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