postado em 17/06/2010 18:51
Brasília - A Anistia Internacional apelou nesta quinta-feira (17/6) ao governo de Israel para que encerre de forma definitiva o bloqueio à Faixa de Gaza. O embargo na região atinge cerca de 1,5 milhão de pessoas desde 2007. Para a organização não governamental (ONG), o anúncio israelense de que flexibilizará as restrições indica que não há intenção de acabar com as medidas punitivas.;Esse anúncio deixa claro que Israel não tem a intenção de pôr termo à sua punição coletiva da população civil de Gaza, mas apenas amenizá-la. Isso não é suficiente;, disse diretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África, Malcolm Smart.
[SAIBAMAIS]Segundo Smart, não basta permitir que algumas mercadorias tenham acesso livre à Faixa de Gaza. Mas cumprir com o que determina o direito internacional e encerrar o embargo. De acordo com as medidas anunciadas hoje, poderão entrar na região alguns tipos de alimentos, brinquedos, material de papelaria, utensílios de cozinha, colchões e toalhas.
;Tão importante quanto permitir que as mercadorias cheguem em Gaza será autorizar as negociações para as exportações. Proibir a grande maioria das exportações de matérias-primas e da circulação de pessoas tem destruído a economia de Gaza e empurrado a população para o desemprego, a pobreza e a dependência agências de ajuda humanitária para a sobrevivência. Esses problemas não serão resolvidos enquanto o bloqueio continuar;, disse Smart.
As autoridades israelenses justificam o bloqueio como meio de evitar o acirramento da violência atribuída ao grupo Hamas. A Anistia Internacional condena o disparo de armas por grupos armados palestinos em Israel e a violação do direito internacional.