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Dirigentes israelenses são processados por crimes contra humanidade

Agência France-Presse
postado em 23/06/2010 10:22
Quatorze dirigentes e outros altos funcionários israelenses foram denunciados nesta quarta-feira (23/6) ante a justiça belga por supostos crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante a operação militar de 2009 na Faixa de Gaza.

Um belga de origem palestina e outros 13 palestinos foram os autores da ação em virtude da lei belga de competência universal, indicou o advogado Georges-Henri Beauthier.

O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, sua ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, e o atual titular da Defesa, Ehud Barak, figuram na lista dos indiciados em função da operação "Chumbo grosso" de janeiro de 2009 contra a Faixa de Gaza, na qual morreram mais de 1.400 palestinos e 13 israelenses.

Um dos autores da ação alega que sua plantação de olivas situada na Faixa de Gaza foi bombareada e incendiada com fósforo pelo exército israelense durante a operação.

O processo também cita o caso do bombardeio da mesquita de Ibrahim Al Maqadmá, perto do campo de refugiados de Jabaliya, na qual morreram 16 civis, entre eles várias crianças.

Também inclui as conclusões do juiz Richard Goldstone, cujo informe encomendado pela ONU acusou Israel e os grupos palestinos armados de terem cometido crimes de guerra durante a operação destinada a conter os disparos de foguetes da Faixa de Gaza contra Israel.

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