postado em 26/06/2010 17:07
Toronto (Canadá) ; Os mais de 5 mil policiais nas ruas de Toronto, no Canadá, e o isolamento das principais áreas da cidade não evitaram hoje (26) manifestações de protesto contra as reuniões do G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo) e do G20 (países ricos e alguns emergentes). Os conflitos entre manifestantes e policiais provocaram cenas de medo em alguns locais, como o incêndio de um carro policial.
Primeiro, os manifestantes depredaram o carro com paus. Depois, subiram no automóvel e, por fim atearam fogo. O maior dos protestos ocorreu a 2 quilômetros do centro de Toronto, onde ocorrem as discussões dos líderes mundiais. Os manifestantes protestam em relação aos mais diversos temas. Criticam a política externa dos países ricos, que impõem sanções ao Irã, condenam o bloqueio israelense da Faixa de Gaza e, também, a falta de apoio a medidas de defesa do meio ambiente.
Pelos dados oficiais, o governo do Canadá investiu cerca de US$ 960 mil apenas na execução do plano de segurança para as reuniões do G8 e do G20. As cidades de Toronto e Huntsville (a 215 quilômetros da capital canadense) ganharam reforço policial. As duas cidades foram divididas em zonas coloridas conforme o nível de segurança: vermelha, onde ficam as autoridades e cujo acesso está proibido para o público em geral; amarela, onde há acesso parcial; e verde, livre.
Nas zonas vermelha e amarela foram instaladas cercas de metal e barricadas para impedir a entrada de pessoas não autorizadas. O policiamento é mantido de forma ostensiva. Para passar, é necessário ter um documento expedido pelas autoridades de segurança do Canadá e dos países que integram os dois grupos. Estrangeiros são revistados com frequência.
Protestos durante as reuniões do G8 e do G20 são corriqueiros. Antes do início das discussões, um homem foi preso por policiais canadenses em casa. O homem guardava explosivos e, segundo investigações policiais, o material seria usado durante as discussões dos líderes mundiais em Toronto.