postado em 27/06/2010 12:16
O presidente da empresa iraniana que controla o transporte marítimo no país (cuja sigla em inglês é IRISL), Mohammad-Hossein Dajmar, disse hoje (27/6) que o Irã vai reagir às tentativas de inspeção dos navios mercantes do Irã, caso desconfie de ações ilegais. Dajmar não informou como será essa reação. O recado é uma resposta às sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que determinaram maior rigor nas inspeções às embarcações de bandeira iraniana.A reação de Dajmar ocorre no dia seguinte à declaração do G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo), que reafirmou o apoio às sanções ao Irã e cobrou mais transparência do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad. "Segundo o direito internacional, qualquer país deve proteger suas águas territoriais", disse Dajmar, de acordo com a Irna, agência oficial de notícias do Irã. ;O Irã suspeita de qualquer ação envolvendo inspeções de seus navios como uma tentativa de pressão e vai reagir;, avisou ele.
No último dia 9, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou com o apoio de 12 países uma série de sanções ao Irã. Apenas Brasil e Turquia votaram contra as medidas. O Líbano se absteve. As restrições atingem diretamente o comércio e a área militar do Irã.
Apesar da ameaça de reação por parte do Irã, o governo insiste em afirmar que as restrições não afetam o comércio exterior do país. Segundo a Irna, a presidente da Administração Aduaneira do Irã, Mohammadi Ardeshir, afirmou que a expectativa é de que as sanções não acarretem prejuízos para o país.
De acordo com Ardeshir, do ano passado até março de 2010, foram negociadas 7 milhões de toneladas de mercadorias. Para o período de abril de 2010 a março de 2011, a expectativa é elevar este volume para 8 milhões. ;Não observei mudanças nas rotas de trânsito que sejam economicamente justificadas para outros países. As sanções não vão afetar as importações e exportações do Irã;, afirmou.