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Seções eleitorais fecham na Guiné após histórica eleição presidencial

Agência France-Presse
postado em 27/06/2010 16:34
CONAKRY - As seções eleitorais começaram a fechar, às 18h00 locais (15h00 de Brasília) deste domingo (27/6), na Guiné, após as primeiras eleições presidenciais organizadas desde a independência, em 1958, uma eleição que transcorreu aparentemente sem incidentes.

A participação foi maciça e não houve notícias de distúrbios, nem de atos de violência.

"Fechamos. A contagem de votos começará logo", disse Abdulay Sylla, presidente de uma seção eleitoral situada em um bairro de Conacri.

"Verdadeiramente, os eleitores foram muitos", destacou.

No total, 4,2 milhões de guineanos foram convocados a votar para eleger seu presidente entre 24 candidatos - 23 homens e uma mulher, todos civis -, após meio século de ditaduras.

Por volta do meio-dia, o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Ben Seku Sylla, assegurou que a eleição "transcorre bem", apesar da "falta de material".

"A afluência nos obrigou a multiplicar por dois a quantidade de cabines e de urnas em algumas seções", assegurou.

O ex-general golpista, Sekuba Konate, que preside a Guiné desde a transição iniciada em dezembro, se declarou "orgulhoso" por ter cumprido sua "palavra" ao organizar a eleição presidencial e pediu "unidade e solidariedade".

"Em 50 anos é a primeira vez que a Guiné tem eleições livres e transparentes", disse o general, depois de votar.

No exterior, mais de 122 mil guineanos deveriam votar em 17 países.

Esta eleição crucial foi celebrada nove meses depois do massacre de pelo menos 156 opositores pelas forças da Defesa e da Segurança em um estádio de Conacri.

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