Agência France-Presse
postado em 28/06/2010 11:43
O Irã acusou nesta segunda-feira (28/6) a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos de realizar uma "guerra psicológica" depois das declarações de seu chefe, Leon Panetta, e assegurou que a CIA sabe que o programa nuclear da República Islâmica não tem objetivos militares."Este tipo de declaração faz parte de uma guerra psicológica lançada para dar uma visão negativa das atividades nucleares pacíficas do Irã", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana, Ramin Mehmanparast, citado pela agência oficial Irna.
"Os dirigentes amreicanos e, em particular seus serviços de inteligência, sabem melhor do que ninguém que o programa iraniano não é, de maneira alguma, militar", acrescentou.
Em entrevista ao canal ABC, Panetta alertou que o Irã teria capacidade para fabricar "duas armas nucleares" até 2012. "Achamos que têm urânio levemente enriquecido suficiente para duas armas (nucleares)", explicou.
Teerã precisaria de um ano para enriquecer este urânio, de forma a produzir uma bomba, e levaria pelo menos "outro ano para desenvolver o sistema de lançamento da arma para torná-la viável", acrescentou o diretor da agência de inteligência americana.
Os Estados Unidos não descartaram a opção militar contra o Irã, assim como Israel, principal aliado de Washington na região, onde além do mais é o único país com poderio nuclear bélico, que não nega, mas tampouco reconhece. "Israel está muito preocupado com o que acontece no Irã", afirmou Panetta. "Continuamos compartilhando (informação de) inteligência sobre qual é a capacidade exata" do regime iraniano, acrescentou.