Agência France-Presse
postado em 29/06/2010 19:06
A tempestade tropical Alex que, se ganhar força, vai virar furacão nesta terça-feira (29/6), obriga a BP a reduzir suas operações de limpeza e recuperação do petróleo no Golfo do México, enquanto o vice-presidente americano, Joe Biden, visita a região.Dez semanas depois da explosão da plataforma petroleira Deepwater Horizon da BP, origem da pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos, o governador da Luisiana, Bobby Jindal, reprovou duramente Biden, que acabava de chegar à costa do Golfo, pela lentidão da resposta federal ao desastre.
"Não vimos aqui um único barco tentando recuperar este petróleo. Precisamos ter um senso maior de urgência", queixou-se Jindal. "É preciso tratar isto como uma guerra, pois é o que é", acrescentou.
[SAIBAMAIS]Incontáveis aves e a costa, antes famosa pelas areias brancas, foram contaminadas com petróleo, depois do afundamento da plataforma em 22 de abril e do consequente vazamento de gigantescas proporções, que afeta duramente as atividades pesqueiras e turísticas, vitais para a região.
Embora não esteja previsto que vá afetar diretamente o local onde ocorreu a maré negra, a tempestade Alex se faz sentir. Depois de deixar pelo menos 10 mortos na América Central, avança com ventos de 110 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC).
Na região da catástrofe, a guarda costeira informou que ondas de dois metros e ventos de 40km/h perturbaram a recuperação e a queima do petróleo que flutua na superfície.
"Os voos para espalhar dispersantes continuam, mas o petróleo não é queimado, nem recuperado na superfície", disse uma porta-voz à AFP.
Até a quarta-feira, espera-se a formação de ondas de 3,5 metros de altura na região.
A situação climática também forçou o adiamento da ativação de ;Helix Producer;, um terceiro navio para coleta do óleo derramado.
Atualmente, são recuperados 25 mil barris de petróleo por dia, contra uma estimativa de 30.000 e 60.000 barris/dia que são lançados no mar.
O ;Helix Producer; deve permitir recuperar um total de 40.000 a 50.000 barris por dia de petróleo até o início de julho.