postado em 02/07/2010 08:54
Em meio à campanha de parentes e simpatizantes do soldado Gilad Shalit, capturado há quatro anos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em pronunciamento feito ao vivo que está disposto a libertar mil prisioneiros palestinos se o grupo Hamas entregar o soldado. Netanyahu assinalou que quer Shalit de volta em segurança, mas que o país não pode ;pagar qualquer preço; porque experiências passadas mostraram que muitos palestinos libertados voltaram a executar ataques contra israelenses.;A proposta do mediador alemão, a qual concordamos em aceitar, pedia a libertação de mil terroristas. Esse é o preço que estou preparado para pagar para trazer Gilad para casa. Eu disse sim e o acordo está pronto para implementação imediata;, afirmou Netanyahu, numa referência a negociações mantidas em dezembro do ano passado, que não chegaram a vingar. Na época, a imprensa falava na libertação de mil prisioneiros palestinos em troca de Shalit, embora esse plano nunca houvesse sido confirmado oficialmente pelo lado israelense.
Netanyahu advertiu, entretanto, que Israel não acataria nenhuma exigência dos sequestradores de Shalit. ;Há preços que não estou preparado a pagar e eles não estão incluídos nesse difícil acordo;, afirmou o premiê. ;Estou decidido sobre dois princípios básicos: o primeiro princípio é de que terroristas perigosos não voltarão às áreas da Judeia e da Samaria (Cisjordânia), onde poderiam continuar a ferir cidadãos de Israel. Eles poderão ir para a Tunísia, a Faixa de Gaza ou qualquer outro lugar que seja a Cisjordânia;, acrescentou.
Ele afirmou que o segundo ponto era com relação aos ;principais terroristas;, que não seriam libertados porque ;uma vez libertados da prisão, fortaleceriam a liderança do Hamas e dariam grande apoio a novos ataques terroristas;, analisou o primeiro-ministro. Em resposta, o Hamas disse que o problema é mais sobre quais prisioneiros serão libertados e não quantos. ;Netanyahu está tentando iludir a opinião pública israelense e ludibriar as pessoas. Não é uma questão de números. É uma questão de quem será libertado;, disse Ayman Taha, porta-voz do Hamas.