Agência France-Presse
postado em 02/07/2010 12:05
O ex-ditador argentino Jorge Videla voltou nesta sexta-feira (2/7) ao banco dos réus pela primeira vez desde 1985, em um julgamento oral sobre o fuzilamento de presos políticos em prisões da província de Córdoba durante o regime de fato.Videla, de 84 anos, é julgado junto com outros 24 acusados, incluindo o ex-chefe militar Luciano Menéndez, condenado à prisão perpétua emoutros dois julgamentos recentes.
A causa investigada é o fuzilamento de 31 presos políticos em prsões de Córdoba (centro) em 1976, a maioria executados durantes traslados autorizados por um juiz, em meio a supostas tentativas de fuga para justificar seu assassinato, segundo a o processo.
O ex-ditador, que comandou em 1976 o golpe de Estado que instaurou um regime militar, está detido por outras causas, como violações dos direitos humanos.
Trata-se do primeiro julgamento que Videla enfrenta desde 1985, quando foi condenado à prisão perpétua no histórico julgamento das juntas militares, apesar de, em 1990, foi indultado pelo então presidente Carlos Menem.
Cerca de 30.000 pessoas desapareceram durante a ditadura (1976/83), segundo entidades humanitárias.