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Ex-marido de suposta espiã diz que ela se tornou 'detestável'

postado em 02/07/2010 13:12
O ex-marido de Anna Chapman, uma das supostas espiãs acusadas pelos Estados Unidos de ser agente secreta da Rússia, contou nesta sexta-feira a transformação em quatro anos de sua ex-mulher em uma pessoa "arrogante e detestável".

Alex Chapman, psiquiatra de 30 anos, explicou ao jornal britânico The Daily Telegraph que conheceu sua ex-mulher em uma festa em Londres em 2001. Naquela época, ela se chamava Anna Kushchenko e tinha 19 anos, dois a mais que ele. Cinco meses depois se casaram em Moscou.

Segundo ele, Anna Chapman, inicialmente despreocupada e nada materialista, transformou-se em alguns anos em uma pessoa "arrogante e detestável" que frequentava círculos influentes.

[SAIBAMAIS]O casal divorciou-se em 2006, mas manteve o contato. A jovem trabalhou em Londres durante vários anos. "Não acredito que trabalhava como espiã aqui, mas creio que estava preparada para esse fim", destacou Chapman.

Anna Chapman é uma das 10 pessoas presas nos Estados Unidos, acusadas pelo FBI de ter feito parte, em alguns casos há décadas, de uma rede de espionagem para a Rússia. Outro suspeito foi detido no Chipre, mas escapou das autoridades depois de ter sido libertado sob fiança.

A atraente mulher, apresentada como uma "mulher fatal" devido à sua chamativa cabeleira ruiva e seus olhos verdes, tem sido manchetes de jornais no mundo todo.

Alex Chapman disse que não lhe surpreenderam as acusações contra sua ex-mulher, porque ela lhe falou de seu pai, Vasily Kushchenko.

"Anna me disse que seu pai ocupou um alto cargo na hierarquia da KGB. Disse que tinha sido um agente na ;velha Rússia;", destacou Chapman. "Seu pai controlava tudo em sua vida, e senti que faria qualquer coisa por ele".

"Quando vi que tinha sido presa por espionagem, não foi uma grande surpresa, para ser franco", completou, dizendo que na quarta-feira recebeu a visita de agentes do MI5 - o serviço secreto britânico - em sua residência de Bournemouth (sul da Inglaterra).

O ministério britânico das Relações Exteriores afirmou que tinha uma investigação em curso sobre os vínculos de Anna Chapman com o Reino Unido.

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