Agência France-Presse
postado em 02/07/2010 15:07
O chefe presumível de uma gangue que assassinou uma funcionária do Consulado dos Estados Unidos em Cidade Juarez, na fronteira americana do México, confessou tê-la mandado matar porque supunha que ela "favorecia" um grupo rival, anunciaram nesta sexta-feira (2/7) as autoridades mexicanas.Luis Ernesto Chavez, 41 anos, detido na quinta-feira, também admitiu responsabilidade no massacre de 15 jovens em janeiro, sempre em Cidade Juarez. As vítimas haviam sido confundidas "com adversários de um outro bando", precisou o chefe do setor antidrogas do ministério da Segurança, Eduardo Ramon Pequeno, durante entrevista à imprensa.
A funcionária americana havia sido abatida em março, quando estava ao lado de seu marido e do esposo mexicano de outra colaboradora do consulado.
Chavez foi apresentado como um dos chefãos dos "Aztecas", que dominam o cartez "de Juarez", que seria uma das maiores organizações criminosas do México e da América Latina. Mais de 2.600 mortes com a assinatura do grupo foram registradas em 2009.
A Cidade de Juarez, onde o cartel "de Sinaloa" tenta destronar o "de Juarez", é vista como o epicentro da guerra entre traficantes de drogas para o controle do tráfico e das exportações para os Estados Unidos, primeiro comprador mundial de cocaína.