Agência France-Presse
postado em 03/07/2010 16:21
WASHINGTON - As autoridades americanas decidiram dar por finalizada uma década de investigações e prender os supostos espiões russos, já que o caso se via ameaçado, informou neste sábado o Washington Post."Algo ocorreu que ia afetar todos", disse um funcionário ao Washington Post, sem dar mais detalhes sobre o que precipitou as surpreendentes prisões dos suspeitos no domingo passado, ocorridas para "proteger" o caso.
As primeiras provas sobre esta suposta rede de espionagem russa nos Estados Unidos apareceram no ano 2000, segundo uma denúncia apresentada contra os suspeitos.
Em 2006, funcionários escutaram mensagens codificadas de alguns dos 11 suspeitos e seus supostos chefes russos, mediante a instalação de microfones nas residências dos supostos espiões, informou na segunda-feira passada o Departamento de Justiça em sua demanda.
No total, 10 suspeitos de espionar para a Rússia foram presos no domingo em um fato que lembrou os tempos da Guerra Fria.
Christopher Robert Metsos, de 54 ou 55 anos, preso no Chipre e libertado sob fiança, continuava foragido na sexta-feira. "Penso que deixou o Chipre", afirmou o ministro chipriota da Justiça, Loucas Louca.
Três dos suspeitos foram mantidos na prisão por uma decisão na sexta-feira de um tribunal federal.
A juíza Theresa Buchanan considerou durante uma audiência em Alexandria, perto de Washington, que existia o risco de os suspeitos Mikha;l Semenko e o casal Michael Zottoli e Patricia Mills fugirem e, por isso, os manteve na prisão sem possibilidade de fiança.