Agência France-Presse
postado em 04/07/2010 11:11
Bukavu - As 235 vítimas da explosão de um caminhão-tanque na sexta-feira em Sange, leste da República Democrática do Congo, foram enterradas em três valas comuns, enquanto dezenas de feridos continuavam hospitalizados, informou Marcellin Cishambo, governador da província onde ocorreu a tragédia, Kivu Sur. Entre os mortos haveria cerca de 60 crianças.
[SAIBAMAIS]O drama aconteceu em Sange, não muito longe da fronteira com Burundi, quando um caminhão-cisterna procedente da Tanzânia explodiu em pleno centro do povoado, segundo o porta-voz do governo provincial, Vincent Kabanga.
"Houve um movimento de pânico. O combustível derramou e gerou a explosão, que se propagou pelo povoado", explicou Kabanga, acrescentando que muitas pessoas tentaram ainda roubar o combustível.
Segundo a polícia de Bukavu, o fogo da explosão se propagou em dezenas de casas em Sange, todas basicamente feitas de terra e palha. Já o acidente do caminhão teria acontecido por um excesso de velocidade.
Uma fonte da Missão da ONU para a Estabilização do Congo (Monusco) declarou à AFP, sob anonimato, que cinco capacetes azuis paquistaneses estariam entre as vítimas. No entanto, o porta-voz da missão, Madnodje Mounoubai, assegurou que entre os mortos não havia ninguém das Nações Unidas.