postado em 05/07/2010 12:25
Brasília ; Há quase um mês sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta segunda-feira (5/7) que as restrições visam a proteger as potências econômicas ocidentais e não a punir os iranianos. Segundo Ahmadinejad, não há necessidade de uma mobilização nacional para impedir os efeitos das medidas porque elas não afetarão o país.As informações são da rede de televisão estatal do Irã, a PressTV. ;A recente rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] não vai ferir o Irã;, disse o presidente, em visita ao Azerbaijão. ;Tais movimentos são destinados a proteger o Ocidente e a defender a existência das potências ocidentais".;
Ahmadinejad criticou a posição assumida pelo que chama de grandes potências ocidentais, numa referência aos países que ocupam assentos permanentes no Conselho de Segurança ; os Estados Unidos, a França e Alemanha, além da Rússia e China. ;Saquearam minas e recursos dos países [as grandes potências ocidentais] e agora querem humilhar as nações;, disse.
O presidente do Irã afirmou que o país vai se empenhar para progredir e avançar economicamente. Em tom entusiasmado, ele pediu o apoio da população. ;Hoje a nação iraniana está vigilante. Essa percepção provocou um movimento [de reação] em todo o Irã;, disse. ;Um futuro brilhante e glorioso está à frente da nação iraniana;, acrescentou.
No último dia 9, o Conselho de Segurança aprovou uma série de sanções ao Irã. Dos 15 integrantes do órgão, 12 apoiaram as medidas. O Brasil e a Turquia votaram contra. O Líbano se absteve nas votações. Dias depois, os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá também aprovaram restrições ao Irã.
As medidas restritivas atingem principalmente as áreas de comércio, militar e de operações bancárias iranianas. As embarcações com bandeiras do Irã passaram a ser severamente fiscalizadas e impedidas de entrar nos países que apoiaram as sanções.