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Soldado que filmou ataque no Iraque é acusado de violar regulamento militar

Agência France-Presse
postado em 06/07/2010 15:55
O soldado americano Bradley Manning, de 22 anos, suspeito de ter transmitido um vídeo sobre tiros disparados de um helicóptero americano em Bagdá, que mataram dois funcionários da agência Reuters, foi acusado de violar o regulamento militar, anunciou o exército dos Estados Unidos.

A segunda acusação contra Manning detalha uma série de infrações ao código penal dos Estados Unidos, entre elas "a divulgação de informações confidenciais relativas à defesa nacional (...)".

O soldado, que está atualmente no centro de detenção do exército americano no Kuwait, segundo a nota, "transferiu dados confidenciais para seu computador".

Em abril, o site WikiLeaks divulgou um vídeo mostrando o ataque de 12 de julho de 2007 a partir de um helicóptero militar americano que causou a morte de dois empregados da agência de notícias Reuters e de várias outras pessoas.

O vídeo de 17 minutos foi visto por 4,8 milhões de internautas no YouTube.

Nele, ouve-se comentários rudes da tripulação do helicóptero e as conversas entre os pilotos e o centro de comando em terra. Os pilotos que, ao que parece, confundiram a câmara de um cinegrafista da Reuters com um lança-granadas RPG, afirmam terem conseguido ver "cinco ou seis indivíduos com (fuzis) AK-47" e pedem permissão para "abrir fogo" - autorização que obtêm quase imediatamente.

Said Chmagh, de 44 anos, motorista iraquiano contratado pela Reuters, e o fotógrafo da agência Namir Hussein, de 22 anos, também iraquiano, morreram neste ataque.

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