Agência France-Presse
postado em 08/07/2010 13:40
Os pais de Gilad Shalit, o soldado israelense detido há mais de quatro anos em Gaza, chegaram na tarde desta quinta-feira (8/7) a Jerusalém, acompanhados de milhares de simpatizantes, ao fim de uma marcha solidária de 12 dias que atravessou Israel.Os manifestantes, 15 mil segundo os organizadores, se concentrarão à noite nas imediações da residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Eles agitavam camisetas com a inscrição "Gilad ainda está vivo" e fitas amarelas, cor da campanha de solidariedade.
Mais de 200 mil israelenses, segundo os organizadores, participaram desta marcha, iniciada na casa da família do soldado, em Mitzpe Hila (norte do país), em 27 de junho.
Seu objetivo é interpelar a opinião pública para que pressione Netanyahu com a finalidade de conseguir a libertação do soldado, em poder do movimento palestino islamita Hamas.
Está prevista, também para esta noite, uma cerimônia em um parque de Jerusalém ocidental, antes que a família se instale em uma barraca de campanha em frente à casa de Netanyahu.
No começo da marcha, Noam Shalit, pai do militar, jurou "não voltar (para casa) sem Gilad".
Gilad Shalit, de 23 anos, que também tem nacionalidade francesa, não faz contato com o exterior desde sua captura, em 25 de junho de 2006, por um comando palestino no extremo da Faixa de Gaza.
Israel e o Hamas, que controla este território palestino, se acusam mutuamente do fracasso das negociações indiretas sobre uma troca de prisioneiros: o soldado em troca de mil palestinos mantidos presos pelo Estado hebreu.