postado em 09/07/2010 10:31
Brasília ; Há exatamente um mês sob sanções de parte da comunidade internacional, o Irã vai manter o programa nuclear do país, que é alvo de suspeitas de produção de armas atômicas. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta sexta-feira (9/7) que manterá as atividades nucleares no país. Segundo ele, as restrições são apenas ;um pedaço de papel;. As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna.Ahmadinejad afirmou que sob nenhuma circunstância serão interrompidas as atividades nucleares no país, que são pacíficas. ;As últimas sanções contra o Irã, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, não terão nenhum efeito sobre o programa nuclear. Não haverá a menor mudança em nosso programa nuclear;, avisou.
Para 12 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança da ONU, o programa nuclear do Irã é suspeito. O Brasil e a Turquia votaram contra as medidas punitivas. O Líbano se absteve. Pelas sanções, há uma série de restrições ao país, que atingem principalmente as áreas de comércio e militar.
Em visita à Nigéria, Ahmadinejad enviou a mensagem sobre a manutenção do programa nuclear do Irã, durante a reunião do D8 ; grupo formado por Bangladesh, o Egito, a Indonésia, o Irã, a Malásia, Nigéria, o Paquistão e a Turquia.
[SAIBAMAIS]Dirigindo-se a uma platéia na capital nigeriana, Abuja, Ahmadinejad disse que as resoluções da ONU são ;um pedaço de papel; que não terá força para ;deter; as atividades nucleares do Irã. Segundo ele, o programa nuclear do país tem fins pacíficos, inclusive para atividades farmacêuticas.
Os governos do Brasil e da Turquia intermediaram um acordo para a troca de urânio do Irã. Pelo acordo, o Irã enviará 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em troca, receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%. A comunidade internacional, no entanto, não aceitou a medida como alternativa para evitar as sanções.
Além das sanções do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos, o Canadá e a União Europeia também aprovaram medidas restritivas ao Irã. Todas as decisões foram definidas no começo do mês passado.