Agência France-Presse
postado em 10/07/2010 10:32
O presidente eleito polonês, Bronislaw Komorowski, rejeitou a teoria de complô para explicar o acidente de avião no qual morreu o presidente Lech Kaczynski em Smolensk, Rússia, em entrevista publicada na edição deste sábado (10/7) do jornal Gazeta Wyborcza.
[SAIBAMAIS]"Criar um ambiente que leva a crer que alguém cometeu atos intencionais para que ocorresse a catrástrofe é, nessa etapa (da investigação), algo irracional", declarou Komorowski.
"Todos gostaríamos de saber da verdade o quanto antes, mas a prática mostra que, para isto, são necessários meses, às vezes até anos", acrescentou.
A teoria de um complô com o objetivo de eliminar o presidente conservador, cujo mandato chegava ao fim pouco antes da eleição presidencial, é muito divulgada em páginas na internet vinculadas à direita e ao partido conservador Direito e Justiça (PiS).
"Duas investigações paralelas, uma russa e outra polonesa, continuam, dando assim uma garantia. É difícil questionar a investigação polonesa. Da mesma forma, sou o último que poderia questionar a investigação russa", prosseguiu Komorowski.
O Tupolev 154 que levava o presidente Kaczynski e sua esposa caiu em 10 de abril, durante os procedimentos de aterrissagem, em meio a uma espessa neblina, em Smolensk, matando seus 96 ocupantes.