Agência France-Presse
postado em 10/07/2010 21:22
Engenheiros da BP, utilizando robôs submarinos, removeram neste sábado (10/7) o funil responsável por capturar parte do vazamento de petróleo no Golfo do México, deixando o óleo escapar livre no oceano por pelo menos dois dias.A ação foi o primeiro passo de uma operação que tem por objetivo colocar outro funil, mais ajustado ao local onde ocorre o vazamento.
Esse novo sistema poderá terminar com o vazamento, que persiste parcialmente, apesar do sistema utilizado.
Um porta-voz da BP afirmou que o antigo funil foi removido às 12h37 local (14h37 de Brasília).
"Nos próximos quatro a sete dias, dependendo de como as coisas acontecerem, deveremos colocar o outro funil. É o nosso plano", afirmou o vice-presidente sênior da BP, Kent Wells.
Bob Dudley, diretor-geral da companhia, revelou na sexta-feira que o vazamento poderá ser contido na segunda-feira, embora seja uma operação delicada que pode durar vários dias.
A nova operação será, no máximo, uma solução temporária para o devastador derramamento de petróleo que atinge o Golfo do México, após a explosão e o posterior naufráfio da plataforma Deepwater-Horizon, há cerca de três meses.
O antigo funil recuperava 25 mil barris de petróleo em média por dia, dos 35 a 60 mil que escapam do poço da plataforma.
A BP afirma que o novo funil vai aumentar a capacidade de contenção para entre 60 e 80 mil barris por dia.
"Este sistema jamais foi instalado em tal profundidade ou nessas condições, e não há garantias de que ele será colocado com sucesso ou no tempo previsto", alertou a BP em um comunicado.
A BP informou na quinta-feira passada que os poços paralelos que estão sendo perfurados para deter definitivamente o vazamento poderão entrar em funcionamento no final de julho, apesar de o período mais provável ser meados de agosto.
Na sexta-feira, o almirante Thad Allen, responsável pela vasta operação para enfrentar a maré negra, aprovou a substituição do funil, assim como o envio de um terceiro navio à zona do vazamento, o "Helix Producer".
"Autorizei este plano porque a capacidade de recuperação do petróleo será muito maior do que a atual...".
O maior desastre ecológico da história dos Estados Unidos foi deflagrado no dia 20 de abril, quando a plataforma Deepwater Horizon explodiu, para afundar dois dias depois.