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Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua anunciam apoio ao programa nuclear do Irã

postado em 14/07/2010 10:03
Brasil ; Em meio às sanções impostas por parte da comunidade internacional, o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, informou nesta quarta-feira (14/7) ter recebido o apoio dos representantes dos Estados-membros da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). A agência de notícias oficial do Irã, Irna, informou que foi enviado ao país islâmico um comunicado com o apoio de embaixadores e chefes de Estado do bloco.

Integram a Alba Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua. No comunicado, segundo a Irna, os países condenam as ;aspirações de desestabilização; supostamente atribuídas aos governos dos Estados Unidos e de Israel. No documento, o bloco expressa ainda apoio ao programa nuclear iraniano. Segundo a Irna, a Alba alerta que uma eventual ação militar contra o Irã provocará ;consequências terríveis para o mundo;. De acordo com o comunicado, é fundamental buscar o diálogo e uma solução pacífica para o caso nuclear iraniano.

À rede de televisão estatal do Irã, a PressTV, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki, reiterou hoje que o programa nuclear iraniano é pacífico. Segundo ele, as usinas nucleares do país podem ser vistoriadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), desde que sob o acompanhamento de autoridades do Irã.

[SAIBAMAIS]Porém, Mottaki criticou duramente a imposição de sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pelos governos dos Estados Unidos, do Canadá e dos países que integram a União Europeia. As restrições atingem, principalmente, os setores de comércio e militar do Irã.

;A República Islâmica acredita que a tecnologia nuclear não deve ser monopolizada por certos Estados e todas as nações devem exercer os seus direitos de acesso à tecnologia atômica;, disse Mottaki. ;As sanções são medidas punitivas. A punição geralmente é a condenação por um crime cometido e o Irã não cometeu crime algum;, disse.

Para parte da comunidade internacional, o Irã esconde a intenção de produzir armas nucleares. O governo Ahmadinejad nega as suspeitas. Em maio, Turquia e Brasil intermediaram um acordo em Teerã para a troca de urânio levemente enriquecido pelo produto enriquecido a 20%. Mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos governos estrangeiros.

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