Agência France-Presse
postado em 14/07/2010 11:07
Os militantes e membros da tripulação do navio com ajuda líbia estão determinados a chegar a Gaza, apesar das ameaças do exército e da marinha israelense, que cercou o cargueiro, assinalou nesta quarta-feira (14/7) a Fundação Kadhafi em seu site.O capitão cubano do barco e o representante da Fundação que está a bordo do navio "confirmaram que a marinha israelense ameaça o cargueiro e pediu que mude de direção", afirmou a fundação promotora desta iniciativa. "Mas a equipe afirmou sua determinação de se dirigir à Faixa de Gaza".
Segundo a associação de caridade, a marinha israelense cercou o "Amalthea".
"Há quatro navios de guerra de cada lado do barco. O cargueiro avança lentamente e os navios israelenses tentam obrigá-lo a mudar de rumo", acrescentou a Fundação.
Segundo informações anteriores, o cargueiro parecia estar se dirigindo para o porto de Al Arich, no Egito, e não para o território palestino, conforme declarou à AFP uma fonte do exército israelense. "Estamos vigiando o navio. Ele não vai para Gaza", afirmou a fonte.
Ao mesmo tempo, a Fundação Kadhafi, que fletou o barco, confirmou que o cargueiro retomou seu trajeto depois de sofrer uma avaria, insistindo que mantinha o rumo a Gaza, apesar dos navios israelenses tentarem interceptar sua passagem.
Durante a noite, o cargueiro ficou imobilizado em águas internacionais, entre o Egito e o território palestino, por uma avaria no motor, segundo a Fundação.
Também segundo os serviços de segurança egípcios, o "Amalthea" deveria chegar nesta quarta ao porto de Al Arich, o que descartaria um confronto com a marinha israelense.
O "Amalthea" zarpou no sábado à noite da Grécia e deveria atracar nesta quarta pela manhã em Gaza.
Segundo a Fundação Kadhafi, uma associação de caridade presidida por Seif Al Islam, filho do número um líbio Muammar Kadhafi, o barco está carregado com duas mil toneladas de ajuda humanitária composta por comida e medicamentos.