Agência France-Presse
postado em 14/07/2010 17:36
Acusado de roubo de carros, cartões de crédito, iates e até pequenos aviões, o jovem americano que andava descalço e fugiu da polícia por mais de dois anos se apresentou nesta quarta-feira (14/7) a uma corte de Miami, após ser capturado nas Bahamas e extraditado.Colton Harris-Moore, de 19 anos, foi detido nas Bahamas no fim de semana passado, sete dias depois de a polícia encontrar o avião particular que ele roubou nos Estados Unidos para fugir.
O rapaz foi extraditado para os Estados Unidos na terça-feira, está sob custódia em um centro de detenção de Miami e se apresentou a uma corte federal na tarde desta quarta-feira, onde um juiz leu os direitos e perguntou se tinha um advogado constituído para defendê-lo. "Minha mãe me disse que tenho um advogado, mas tenho que falar com ela", respondeu o jovem, que disse não se lembrar do nome do representante legal.
O juiz o intimou para uma nova audiência na sexta-feira.
Desta vez, Colton não apareceu descalço, como costuma fazer. Usava sandálias plásticas de presidiário, meias brancas e vestia o macacão marrom dos presos. Tinha as mãos algemadas, uma corrente presa à cintura e outra aos pés.
Considerado por muitos o novo "Billy the Kid" e transformado em quase ídolo na internet, na qual ganhou o apelido de "Barefoot Bandit" (bandido descalço), Harris Moore tem antecedentes criminais desde os 12 anos. A lenda em torno do nome cresceu quando roubou um jato particular e o derrubou em 2009 em Cascade Mountains, ao leste de Seattle (noroeste dos EUA).
O rapaz era conhecido da polícia pelo envolvimento no roubo de outros jatinhos e de uma longa série de atos criminosos. Mas em 2008, as autoridades perderam o rastro.
Vídeos sobre o jovem e canções baseadas nas façanhas surgiram no Youtube, no Facebook e em outras redes sociais na internet, na qual comunidades de seguidores foram criadas em homenagem ao rapaz.
"Disse a ele que deveria pedir um trabalho na CIA", contou nesta quarta-feira à emissora americana ABC Monique Gomez, que foi a advogada de Colton nas Bahamas. "Ele me disse que se deixassem, seria capaz de pegar o Bin Laden", acrescentou.