Agência France-Presse
postado em 16/07/2010 15:23
Gustavo Stroessner, primogênito do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner (1954-1989), poderá retornar ao Paraguai depois de ficar exilado por 21 anos no Brasil, ao prescrever uma ação contra ele por sonegação fiscal, informaram fontes judiciais nesta sexta-feira (16/7)."Gustavo Stroessner poderá voltar ao Paraguai. A ação que enfrentava por sonegação de impostos já prescreveu", anunciou o juiz Andrés Casati. "Embora Gustavo Stroessner esteja foragido, dois advogados o representam e, portanto, a ação não sofreu a interrupção dos prazos", explicou o juiz.
Casato justificou a medida ao afirmar que a parte demandante - a procuradoria - desenvolveu "trabalhos desleixados" na investigação.
Stroessner era acusado de sonegação de impostos na cobrança de taxas a cassinos. "Com o transcurso do tempo, a causa prescreveu". dosse Casati. O juiz lembrou que o próprio procurador tinha pedido em cinco ocasiões a prescrição.
Gustavo Stroessner era um coronel da aeronáutica que aparecia como um sucessor do pai, quando ocorreu o golpe militar que o derrocou em 1989 depois de 35 anos de governo de mão de ferro. Ele herdou a fortuna do pai, estimada por investigadores e familiares entre US$ 300 mi e US$ 3 bi. Pai e filho, perseguidos pela Justiça, foram acolhidos pelo Brasil em caráter de asilados políticos.
O ex-ditador do Paraguai morreu em 16 de agosto de 2006 em Brasília.