O ataque da noite de quinta-feira contra um comboio policial em Ciudad Juárez, norte do México, foi realizado com um carro-bomba armado com 10 quilos de explosivo C4, ativado por telefone celular, informou o comandante da quinta zona militar, Eduardo Zarate.
O oficial também informou que os mortos no ataque foram quatro: dois policiais, um membro da equipe de socorro e um médico. A ação deixou ainda 11 feridos, entre eles sete policiais e um operador de câmara de uma emissora local de televisão.
"Foram encontrados resíduos de 10 quilos de um explosivo conhecido como C4, assim como restos de um aparelho celular", afirmou Zarate a jornalistas.
É o primeiro ataque com carro-bomba nessa cidade vizinha da americana El Paso (Texas), considerada a mais violenta do México pelos crimes de uma disputa entre narcotraficantes dos cartéis de Juárez e de Sinaloa.
Zarate disse que um grupo de especialistas em explosivos do Ministério da Defesa apoia as investigações, que são realizadas pela procuradoria.
No local do ataque, uma movimentada avenida da cidade de 1,3 milhão de habitantes, morreram dois policiais e um membro da equipe de socorro. As três caminhonetes policiais que faziam parte do comboio incendiaram-se depois da primeira explosão, que jogou destroços nas edificações vizinhas.
Quando equipes de socorro e jornalistas chegaram ao local, ocorreu uma nova detonação, que provocou a morte de um médico.
Segundo a Secretaria de Segurança de Ciudad Juárez, o violento ataque ocorreu como reação "à captura de Jesús Armando Acosta, um importante chefe da quadrilha ;La Línea;", considerada o braço armado do cartel de Juárez, que foi detido na manhã de quinta-feira.