A petroleira britânica BP revelou nesta sexta-feira (16/7) que as primeiras 24 horas de testes não revelaram indícios de vazamento na zona onde foi instalado um sistema para conter a fuga de petróleo, no fundo do mar no Golfo do México.
"Não temos qualquer indício de fuga de petróleo ou gás" no fundo do mar, disse o vice-presidente da BP, Kent Wells, à imprensa.
[SAIBAMAIS]O vazamento de milhões de litros de petróleo no Golfo do México deteve-se na quinta-feira, depois do fechamento de três válvulas da tampa instalada na segunda-feira sobre o poço danificado há três meses, depois da explosão e do naufrágio da plataforma da BP Deepwater Horizon.
Um alto funcionário americano afirmou mais cedo que as primeiras 24 horas de leituras de pressão no poço não eram conclusivas, e que o governo tinha ordenado à BP monitorar tanto o poço como o leito marinho.
A possibilidade de que o petróleo busque brechas de saída para o oceano é uma das principais preocupações. "Nesse momento, não há evidências de que não haja integridade do poço. Isso é bom", afirmou Wells, destacando que os testes continuam segundo o planejado.
Os engenheiros da BP medem a temperatura do poço, que ficou constante nas últimas 24 horas, o que indica que não há vazamento de petróleo, disse o vice-presidente da companhia.
Mesmo assim, foram colocados sensores acústicos para detectar um eventual fluxo de petróleo, mas as câmeras instaladas não detectaram sinais de vazamento tanto no poço como no leito marinho, afirmou Wells.
Os testes de pressão, desde o fechamento das válvulas na quinta-feira, devem durar 48 horas.
Mais cedo, o presidente americano, Barack Obama, reconheceu que a contenção do vazamento representa uma boa notícia, mas pediu prudência até que seja encontrada uma solução permanente. "O novo sistema é uma boa notícia (...) Há muitas informações que parecem indicar que isso aconteceu (...) Mas é importante que não nos precipitemos".
Apesar da prudência, Obama destacou que "mesmo que não seja possível impedir a fuga de petróleo, o novo dispositivo e o equipamento adicional instalado na área do vazamento serão capazes de capturar até 80 mil barris por dia", o suficiente para impedir que o óleo siga contaminando a água do mar.