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Chefe dos talibãs pede que partidários do governo afegão sejam mortos

Agência France-Presse
postado em 18/07/2010 14:40
Cabul ; A Otan anunciou neste domingo (18/7) ter interceptado uma carta do suposto chefe supremo dos talibãs, o mulá Mohamad Omar, na qual pede que todos os afegãos que apoiem o atual governo sejam capturados e mortos.

O mulá Omar emitiu esta diretriz em junho, segundo o porta-voz da Otan, o general Josef Blotz.

O porta-voz acrescentou que a carta ordena que os talibãs que combatam as forças da coalizão até a morte e capturem e matem os civis afegãos que apoiem ou trabalhem para as tropas internacionais ou para o governo de Cabul.

Também faz um chamado para que sejam recrutados afegãos que tenham acesso a bases da Otan ou bases americanas, informou o general Blotz aos jornalistas.

O mulá é um dos fundadores do movimento talibã e considerado o líder espiritual do grupo. Foi expulso do poder em Cabul no final de 2001 por uma intervenção militar internacional. A Otan acredita que o chefe dos talibãs vive escondido no Paquistão.

A carta interceptada, caso seja declarada autêntica, parece dar um giro no tratamento dispensado aos prisioneiros afegãos dos talibãs.

"Toda vez que for capturado um chefe, um soldado ou um trabalhador do governo escravo, não é preciso atacar nem causar danos a estes prisioneiros: , rezava um código de conduta atribuído a Omar em agosto de 2009.

A nova carta também pede que sejam mortas as mulheres que ajudam as forças de coalizão ou forneçam informações.

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