postado em 19/07/2010 18:48
O ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, afirmou hoje (19/7) que levará provas à sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA), na próxima quinta-feira, sobre as evidências de que há líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN) vivendo na Venezuela. Silva confirmou a informação depois de reunião com o embaixador colombiano na OEA, Luis Alfonso Hoyos.[SAIBAMAIS];Vamos entregar as informações mais recentes. Aqui não há nada restrito ou fechado. Há evidências que provam que até hoje o narcoterrorismo das Farc, liderado por Ivan Marquez, ordena ataques da Venezuela contra Colômbia;, disse. As informações estão na página do Ministério da Defesa da Colômbia na internet.
O ministro da Defesa disse ainda esperar que a comunidade internacional verique as evidências apresentadas pela Colômbia. ;O que se espera é, ao levar isso a tribunais internacionais, que a comunidade internacional possa verificar o que estamos dizendo;. Na opinião de Gabriel Silva, a comunidade internacional deve cumprir a obrigação de ;combater o narcotráfico e o terrorismo;.
O embaixador Hoyos afirmou que a Colômbia apresentará ;fatos concretos; e exige a cooperação ativa da comunidade internacional no combate ao narcotráfico e aos grupos terroristas. No entanto, o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem uma interpretação diferente. Para Chávez, as suspeitas da Colômbia indicam que ele protege as guerrilhas.
As acusações do governo da Colômbia à Venezuela provocaram a convocação de sessão extra da OEA. Não é a primeira vez que os governos dos dois países se desentendem. Há pouco mais de dois anos, Chávez apoiou o presidente do Equador, Rafael Correa, em um conflito com Uribe também por causa do combate à ação das Farc. Em março de 2008 foi deflagrada a crise diplomática entre o Equador, a Colômbia e a Venezuela. O estopim foi uma ação armada de tropas colombianas em território equatoriano. No ataque foi morto o número dois das Farc, Raúl Reyes. Ele era apontado como um dos principais líderes do grupo.