Agência France-Presse
postado em 23/07/2010 17:00
A 18; Conferência Internacional sobre Aids foi concluída nesta sexta-feira, em Viena, com uma mensagem de Barack Obama afirmando que a ajuda concedida pelos Estados Unidos à luta contra a Aids prosseguirá.A mensagem gravada do presidente americano foi divulgada na cerimônia de encerramento da conferência.
Obama relembrou que os créditos do Fundo de Ajuda Presidencial (Pepfar) haviam aumentado e que o orçamento 2011 "havia sido o mais importante até o momento".
"Trabalharemos para evitar mais de 12 milhões de novas infecções. Vamos oferecer ajuda direta a mais de quatro milhões de pessoas em tratamento e auxilir mais de 12 milhões de pessoas, entre elas cinco milhões de crianças e órfãos, a receber os cuidados de que tanto precisam", disse o presidente, que também pretende contribuir para uma redução considerável do número de bebês contaminados pelo vírus.
Os participantes da conferência, que reuniu durante seis dias em Viena cerca de 20 mil pessoas, ouviram também mensagem da secretária de Estado americana Hillay Clinton, afirmando que "a saúde era um direito do Homem".
Em outra mensagem, o bispo sul-africano Desmond Tutu destacou que "o tratamento deve ser não somente disponível, mas acessível".
O prêmio Nobel da Paz de 1984 pediu ao presidente Obama que não reduzisse o financiamento da luta contra a Aids, em um artigo publicado nesta semana pelo New York Times.
Durante seis dias, os pesquisadores, especialistas, dirigentes de organizações de 197 países discutiram a discriminação aos soropositivos, o tratamento para todos, novas ferramentas de prevenção como os microbicidas, e problemas financeiros que encontram aqueles que lutam contra a Aids.
"O desafio não é encontrar dinheiro, mas mudar as prioridades", disse o presidente da Sociedade Internacional da Aids (IAS), organizadora da conferência, o canadense Julio Montaner.
"Quando se tem uma crise em Wall Street, bilhões e bilhões de dólares são rapidamente mobilizados. (...) A saúde das pessoas merece uma resposta financeira equivalente e uma prioridade muito mais elevada", disse.
Montaner pediu à esposa do presidente francês, Carla Bruni-Sarkozy, que "defende fortemente" o acesso universal aos tratamentos, para "garantir que seu marido se torne também um defensor determinado desta posição sobre a Aids, quando a França acolher a cúpula do G8, ano que vem".