Dois almirantes e cinco generais de várias patentes, todos na ativa, estão entre os suspeitos mencionados na ordem de prisão emitida por um tribunal de Istambul, acrescentou a fonte.
Três generais da reserva, entre eles o instigador principal do complô, também estão incluídos na lista, acrescentou a fonte.
O tribunal também fixou a data de 16 de dezembro para a primeira audiência em um centro de detenção perto de Istambul, declarou o juiz Davut Bedir à agência de notícias turca.
No total, 196 pessoas foram acusadas do suposto complô, que aparentemente foi fomentado na sede do Primeiro Exército, em Istambul, após a chegada ao poder, em 2002, do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), saído da corrente islamita.
Com a chegada do AKP, uma parte da opinião e da hierarquia militar temeram um questionamento do sistema laico na Turquia.
Este suposto complô previa preparar o terreno para um golpe de Estado mediante ações violentas, com atentados a mesquitas e provocações para marcar tensões com a Grécia, com o objetivo de semear o caos e demonstrar a incapacidade do governo do AKP de garantir a segurança do país.
Quarenta militares em atividade ou da reserva foram detidos em fevereiro e em seguida liberados por vícios de procedimento. São acusados de ter "tentado derrubar o governo ou impedi-lo de realizar sua missão mediante a força ou a violência" e podem ser condenados a 15 ou 20 anos de prisão.