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Espiã nada discreta

A russa Anna Chapman, recém-deportada dos Estados Unidos, vira sucesso no Facebook

postado em 24/07/2010 10:12
Duas semanas após o retorno a Moscou, como resultado de uma negociação de troca entre os governos americano e russo, a espiã Anna Chapman ; presa no fim de junho nos Estados Unidos com outras nove pessoas acusadas de espionagem ; ganha cada vez mais ares de uma heroína misteriosa na cena midiática. Desde que retornou à capital russa, Anna não foi vista em público. Sua presença no mundo virtual, ao contrário, é intensa. O perfil mantido no Facebook vem sendo regularmente atualizado e sua lista de amigos só aumenta, com diversos jornalistas entre eles.

Apesar de, segundo a tradição, a espionagem ser uma atividade discreta, a já célebre ruiva estaria, inclusive, negociando sua primeira entrevista em troca de remuneração. O jornal popular russo Komsomolskaia Pravda informou em sua edição de quarta-feira passada que Anna pedira um adiantamento para conceder uma entrevista. E que seriam dados a ela US$ 25 mil.

O papel de Anna Chapman no episódio digno da Guerra Fria descoberto nos EUA foi menor, mas ela dominou a cobertura na imprensa graças às revelações de seu ex-marido britânico, bem como às fotos publicadas na Internet. A imprensa popular russa a chama de agente 90-60090, numa referência às suas supostas medidas. E até o Washington Post admirou-se com a espiã, à qual se referiu como the hot one (a gostosa).

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