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EUA querem participar de negociações entre a Venezuela e a Colômbia

postado em 24/07/2010 16:50
Brasília ; O governo dos Estados Unidos quer participar das negociações para um acordo entre a Venezuela e a Colômbia. O presidente Barack Obama defende a criação de uma comissão especial para investigar as denúncias apresentadas pelos colombianos. Mas, paralelamente, a Organização dos Estados Americanos (OEA) deve convocar uma reunião para debater o tema.

As informações são do Departamento de Estado norte-americano. Para o porta-voz do Departamento de Estado, Philipe J. Crowley, as supostas provas da existência de guerrilheiros colombianos em território venezuelano, apresentadas pelo governo de Álvaro Uribe, mostram que ;foram graves acusações baseadas em fatos;.

Segundo Crowley, a decisão do presidente Hugo Chávez de romper relações diplomáticas com a Colômbia, é sinal de ;petulância; do venezuelano. ;Isso é lamentável. É uma resposta infeliz. Cortar relações com a Colômbia foi uma resposta petulante da Venezuela. Esperamos por uma resposta mais construtiva por parte da Venezuela;, disse ele.

[SAIBAMAIS]Em seguida, Crowley afirmou: ;[É um assunto que] merece uma investigação mais aprofundada. Apoiamos a Colômbia e incentivamos a criação de uma comissão de verificação internacional para visitar e examinar dentro dos próximos 30 dias os campos identificados.;

Perguntado sobre a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o caso seja discutido em uma sessão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o porta-voz rebateu. Segundo ele, o assunto deve ser abordado pela OEA. ;Eu acho que seria uma exceção [discutir o assunto em nível de Unasul, e não na OEA]. Somos um forte apoio na OEA. Pensamos que deveria haver uma investigação;, disse ele.

Para Crowley, a Venezuela deve prestar esclarecimentos à comunidade internacional mediante as informações apresentadas pela Colômbia. ;A Venezuela, entre outros Estados da região, tem responsabilidades muito claras no combate ao terrorismo e também deve apoiar os esforços no âmbito da OEA e das Nações Unidas;, afirmou.

As tensões entre a Venezuela e a Colômbia se agravaram na última quinta-feira (22/7), depois que Chávez anunciou o rompimento das relações entre os dois países. A medida foi uma resposta ao governo do presidente Uribe.

Chávez tomou a decisão após a iniciativa do embaixador da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Alfonso Hoyos, que mostrou, em sessão extraordinária do órgão, fotografias, vídeos e testemunhos para comprovar a existência de 87 acampamentos e 1.500 guerrilheiros em território venezuelano.

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